Dados do anuário estatístico da Previdência Social mostram o quanto acidentes de trabalho são prejudiciais para a economia: de 2007 a 2013, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) pagou R$ 58 bilhões em indenizações para acidentados no país. De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), as indústrias paranaenses gastaram mais de R$ 224 milhões com afastamentos por acidentes de trabalho em 2014. Não à toa, afinal, o Paraná está em 3º lugar na colocação brasileira de mortes por acidentes de trabalho e possui 3 milhões de industriários aposentados por essa razão. Ao ano, são 52.132 acidentes de trabalho no Estado.
Os números alarmantes não param por aí: de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), se somados os dias de afastamento e faltas de todos os trabalhadores em 2014, o Brasil teve 35 milhões de dias parados. É por isso que a correta gestão do absenteísmo – essas faltas e afastamentos – torna-se primordial no dia a dia das indústrias, pois causa perdas diretas – as financeiras – e as indiretas, com o acúmulo de funções e treinamentos, que ocasionam a queda de produtividade.
Para evitar esse cenário, é preciso fazer uma profunda análise dentro da empresa, que vai desde a avaliação inicial, com a finalidade de identificar o nível de maturidade da indústria em relação ao controle do absenteísmo, à gestão dos atestados para evitar encaminhamentos desnecessários ao INSS, até a gestão do FAP – Fator Acidentário de Prevenção e do gerenciamento Epidemiológico dos Afastamentos (análise de causas e características dos afastamentos).
É fato que o investimento em segurança e saúde no trabalho gera retornos visíveis aos negócios. Pesquisa inédita realizada entre 2015 e 2016 pelo Sesi com 500 médias e grandes empresas de todo o país comprova isso. O levantamento aponta que, para 48% delas, ações para aumentar a segurança no ambiente laboral e promover a saúde de trabalhadores reduzem as faltas. Para 43,6%, esses programas aumentam a produtividade no chão-de-fábrica e 34,8% apontam que essas ações reduzem custos. Os dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social também confirmam a pesquisa: o número de acidentes de trabalho por grupo de 100 mil trabalhadores caiu mais de 17% entre 2007 e 2013 – de 1.378, em 2007, para 1.142, em 2013.
Com a metodologia correta, é possível identificar as principais causas dos afastamentos e implementar soluções para preveni-las. “A correta gestão do absenteísmo reduz custos e melhora os processos”, afirma José Antonio Fares, superintendente do Sesi no Paraná, instituição reconhecida pelos serviços de segurança e saúde para a indústria. “Soluções preventivas mostram-se de extrema eficiência em prol da produtividade e competitividade das empresas, pois geram menos multas e menos afastamentos”, completa.
Quer saber mais? Acesse o site do Sesi.