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"CURITIBA - Quem passa pela capital paranaense por estes dias sente no ar - há algo de novo na cena teatral da cidade. Na extensa programação do Festival de Curitiba, que acontece até domingo, destaca-se uma nova safra de dramaturgos, responsáveis por assinar as montagens mais comentadas e procuradas da Fringe, a mostra paralela do evento".
"A Curitiba de hoje está para a dramaturgia assim como Seattle estava para o rock no começo dos anos 1990, com a explosão do grunge - compara o diretor Roberto Alvim. - Acho que no máximo em dois anos, Curitiba vai aparecer na ponta da dramaturgia nacional. O que está acontecendo aqui é um momento muito importante".
"Para se ter uma ideia da organização e da força coletiva dos novos autores curitibanos, há no festival três submostras recheadas com textos recém-saídos do forno: Outros Lugares, Novos Repertórios e a Sesi Dramaturgia. Esta última mescla leituras e a encenação de um texto escolhido e, a partir de hoje, dirigido por Alvim: "Hieronymus nas masmorras", do poeta, autor e agora mais-que-nunca-dramaturgo Luiz Felipe Leprevost, que também assina e dirige "O butô de Mick Jagger", encenada no fim de semana".
"Para Alvim, o que une nomes como Leprevost, Alexandre França ("Habitué" e "Mínimo contato"), Marcelo Bourscheid ("Antes do fim" e "Depois", ambas dirigidas por Damaceno), Diego Fortes ("Os invisíveis") e Max Reinert ("Pequeno inventário de impropriedades") é a recusa em fazer do teatro "o espelho do mundo", diz.
- Eles buscam ver o teatro como o lugar que reconstrói o mundo dentro de outras regras, que nos ajuda a redefinir a ideia do que reconhecemos como vida humana - explica o diretor. - Recriam a ideia de conflito, trama, personagem, narrativa. Querem investigar, descobrir".
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