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Está chegando a hora de tomar a vacina contra a gripe
Você tem alguma dúvida? Rosangela Lenhatovicz e Rafael Iagher, do Sesi Paraná, esclarecem
15/02/2022
A vacinação tem se mostrado o principal método de prevenção da Influenza (responsável pela gripe) e das complicações mais severas da doença – que podem levar desde o internamento até mesmo ao óbito. Conforme recomendações das sociedades cientificas e do Ministério da Saúde, também contribui para a redução da circulação dos vírus nos ambientes.
De acordo com o CDC (Center for Disease Control), dos Estados Unidos, a vacinação traz uma série de benefícios:
- Evitar que a população fique doente de gripe (epidemias);
- Reduzir a gravidade da doença em pessoas que se vacinaram, porém ainda pegaram gripe;
- Prevenir complicações em pessoas com condições crônicas de saúde, como cardíacos, diabéticos e com problemas pulmonares;
- Proteger as mulheres grávidas durante e após a gestação;
- Proteger todos, incluindo as mais vulneráveis, como bebês, crianças pequenas, idosos e pessoas doentes crônicos.
Pessoas vacinadas não pegam nenhum tipo de gripe?
A vacinação funciona como uma forma de “treinar” o organismo a produzir defesa antecipada contra diferentes tipos de vírus. No entanto, ainda é possível pegar o vírus da gripe e manifestar sintomas, porém inúmeros estudos mostram que as chances de pessoas que estão totalmente vacinadas contra a gripe de manifestarem sintomas graves é muito pequena o que evita hospitalizações e sobrecarga dos centros de saúde.
Quais são as vacinas disponíveis?
A trivalente e tetravalente contra o vírus influenza.
A trivalente imuniza contra três cepas:
- um vírus similar ao vírus influenza A/Victoria/2570/2019 (H1N1) pdm09;
- um vírus similar ao vírus influenza A/Darwin/9/2021 (H3N2) e
- um vírus similar ao vírus influenza B/Austria/1359417/2021 (linhagem B/Victoria).
Além dessas três cepas, a tetravalente imuniza também contra a B/Phuket/3073/2013 (linhagem B/Yamagata).
Mas quais as diferenças entre essas cepas?
Recomenda-se que a vacinação contra a gripe seja realizada anualmente justamente pela rápida frequência com que o vírus influenza se muta no ambiente. Não é possível determinar com antecedência e certeza que tipo de consequência uma mutação viral acarretará para as pessoas. No entanto, sabe-se que as mutações acontecem naturalmente com os organismos virais e podem gerar consequências como: aumentar a forma de sobrevivência e propagação do vírus através de mecanismos mais eficientes para driblar o sistema imune dos hospedeiros ou aumentar o seu potencial de contágio e mecanismos de invasão das células do hospedeiro por exemplo. Diante disso, existe um esforço mundial de identificação de novas cepas de vírus circulantes para que esses vírus mutados sejam identificados e as suas variantes inseridas nas vacinas do próximo ano, caso elas de fato caracterizem mutações grandes e importantes com significado clínico relevante.
A vacina da gripe é de qual tipo?
A vacina da gripe é do tipo vírus inativado, na qual os antígenos causadores da resposta imune humana são os antígenos da superfície do vírus da influenza (hemaglutinina e neuraminidase). A diferença entre as vacinas trivalente e tetravalente é o número de cepas do vírus influenza presentes na vacina. A trivalente possui duas cepas para influenza A e uma cepa da influenza B. A tetravalente possui duas cepas para influenza A e duas cepas da influenza B. No entanto, a circulação do vírus mais predominante no Brasil é a da influenza A. Então, tomando a vacina trivalente, a proteção contra a gripe já acontece consideravelmente.
Há contraindicações?
Essa vacina é contraindicada para pessoas que possuem hipersensibilidade conhecida às substâncias ativas presentes na composição, ou a qualquer substância que pode estar presente na forma de traços como ovo (ovalbumima e proteínas de galinha), formaldeído, brometo de cetiltrimetilamônio, polissorbato 80 ou gentamicina. Também é contraindicado para menores de 6 meses de idade. A vacinação deve ser adiada para quem apresentar quadro de febre ou infecção aguda.
Quanto tempo demora para começar a fazer efeito?
A proteção geralmente é obtida em 2 a 3 semanas após a vacinação.
Por que é importante para indústrias facilitarem a vacinação dos seus colaboradores?
De acordo com o Ministério da Saúde, a não vacinação acarreta impactos sociais, visto que o não combate à doença traz impactos econômicos. Sem a vacinação, mais trabalhadores tendem a contrair o vírus da gripe e, com isso, precisem se ausentar do trabalho. Essa ausência, conhecida como absenteísmo, acarreta prejuízo financeiro às empresas, visto que o trabalhador fica inapto para executar suas atividades laborais.
A Campanha de vacinação do Sesi no Paraná, que inclui as vacinas trivalente e tetravalente, já está com a adesão aberta. Clique aqui e saiba mais.