Você sabia que as doenças ocupacionais são consideradas acidentes de trabalho? De acordo com o Anuário Estatístico da Previdência Social de 2021(AEPS), os acidentes mais frequentes são relacionados a traumas, doenças osteomusculares e transtornos mentais. Guilherme Murta, médico do trabalho do Sesi Paraná, alerta que, “além da ausência do trabalhador, desencadeada por qualquer doença comum, há consequências adicionais quando há correlação do trabalho, como a necessidade de abertura de comunicação de acidente laboral.”

Ainda, “caso o afastamento ultrapasse 15 dias e haja o estabelecimento de auxílio doença acidentário pelo INSS (benefício espécie B91) haverá a estabilidade de 12 meses do trabalhador, após término do benefício, além da elevação do Fator Acidentário de Prevenção (FAP).

De acordo com o AEPS, foram mais de 41 mil acidentes de trabalho registrados no Paraná em 2021. Além do mal causado para a saúde dos trabalhadores e suas famílias, ao não voltar o olhar para a prevenção de doenças e acidentes de seus colaboradores, as empresas perdem financeiramente. Seja com a elevação do absenteísmo, redução de produtividade e litígios, além do clima organizacional e empregabilidade serem prejudicados.

Mas como avaliar os riscos?

O ambiente de trabalho deve ser avaliado por equipe técnica capaz de identificar os possíveis riscos à saúde, que também fará a proposta de planos de ação para mitigá-los. “Este processo está contemplado em um documento, exigido por legislação (NR-9), denominado Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR)”, afirma Guilherme Murta.

Vem saber mais sobre o PGR

“A partir destes riscos, o médico do trabalho verifica como pode monitorar a saúde dos trabalhadores para evitar doenças e, se não for possível, busca rastrear precocemente patologias ligadas aos riscos. Esta programação de exames ocupacionais está contida no Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) também previsto por norma regulamentadora (NR-7).”

Por meio de uma equipe qualificada, o Sesi Paraná realiza o PGR e o PCMSO para as indústrias, além de propor planos de ação para mitigá-los e realizar o monitoramento médico ocupacional dos trabalhadores. Além disso, dispõe de serviços de consultoria para acompanhamento de afastados pelo INSS, para identificação das caracterizações como B91 e, quando apropriado, remeter solicitação com o intuito de demonstrar que os agravos não têm nexo com o trabalho exercido pelo trabalhador.

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