Sesi Paraná lança pesquisa inédita sobre Segurança Viária no Trabalho no Paraná

Além de dados sobre o estado, estudo aponta caminhos para diminuir os índices dos acidentes de trajeto

16/02/2022

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Nesta quarta, o Sesi Paraná, em parceria com o Centro Internacional de Formação de Autoridades e Líderes (CIFAL Curitiba) e o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), apresentou os resultados do estudo “A Caminho do Trabalho: uma pesquisa sobre acidentes de trajeto no setor industrial do Paraná”.

No webinar, que está disponível no Canal da Indústria, Carlos Valter Martins Pedro, presidente do Sistema Fiep, falou sobre a importância da pesquisa. “Gostaria de destacar que o Sesi tem como principal pilar a segurança e a saúde do trabalhador e, dentro dessa questão, estão os acidentes de trabalho e de trajeto”, disse.

“O primeiro ponto e mais importante da prevenção é a vida, a integridade física do trabalhador e o que pudermos fazer para contribuir é muito importante”, completou, enfatizando que prejuízos pessoais e familiares precisam ser evitados. Ele chamou a atenção para os custos financeiros, sejam do poder público ou das empresas, que além de terem que lidar com questões práticas, substituindo o profissional durante o tempo de afastamento, podem ter seu Risco Ambiental do Trabalho (RAT) aumentado.

Mauro Gil, vice-presidente do ONSV, enfatizou que a segurança viária não é um problema apenas da indústria, mas de toda a sociedade. “Essa pesquisa é inédita,  contemporânea e levantou uma série de informações importantíssimas, quevão referenciar novas ações. O Observatório fica muito feliz de poder, junto com o Sesi Paraná, Cifal Curitiba e Universidade Federal do Paraná, apresentar à sociedade mais um instrumento de verificação que temos que ter com a segurança viária”, afirmou.

“A Caminho do Trabalho: uma pesquisa sobre acidentes de trajeto no setor industrial do Paraná” foi lançada em maio de 2021. Durante nove meses, gestores de 215 empresas (64% delas de médio ou grande porte e 35% micro ou pequenas), localizadas em 60 municípios do Paraná, responderam a um questionário abordando os modos de transporte utilizados na companhia, uso de empresa terceirizada de transporte, números e características das vítimas e dias de afastamento relacionados a acidentes de trajeto ocorridos com os colaboradores. Também foram avaliadas, informações sobre políticas das empresas e eventual realização de campanhas de sensibilização.

Os resultados foram apresentados na manhã desta quarta por Jorge Tiago Bastos, professor do Departamento de Transportes da Universidade Federal do Paraná. Confira os destaques:

-O índice de acidentes de trajeto é 77% maior em empresas que não realizam ações de sensibilização.

-O automóvel é o principal meio de transporte utilizado nos trajetos casa-trabalho-casa.

- Os trabalhadores que utilizam moto se acidentam três vezes mais do que quem vai de carro e 30 vezes mais do que quem utiliza ônibus.

- Jovens, homens, entre 20 e 29 anos, estão entre as principais vítimas.

- Colaboradores com menos tempo de empresa estão associados a um maior número de acidentes de trânsito.

- Empresas de menor porte têm taxa maior de acidentes por colaborador.

 

Além dos dados, a pesquisa aponta caminhos para diminuir os índices:

  1.  Realização de campanhas de sensibilização, principalmente com foco, em colaboradores mais jovens, do sexo masculino e com menos tempo de empresa.
  2. Suporte e orientação para micro e pequenas empresas no desenvolvimento de ações de sensibilização.
  3. Incentivo à oferta de sistema de transporte coletivo por ônibus.
  4. Incentivo ao uso do transporte público.
  5. Ações de sensibilização voltadas para motociclistas e ciclistas.
  6. Estímulo e/ou facilitação do acesso à vestimenta retrorreflexiva para ciclistas e motociclistas.
  7. Estímulo ao uso de adesivos retrorreflexivos nas motocicletas, bicicletas e capacetes.
  8. Estímulo ou facilitação de acesso de capacetes aos ciclistas.
  9. Realização de iniciativas de orientação às empresas para o registro de informações sobre acidentes.
  10. Alternância entre jornadas presencial e remota para os casos em que não há prejuízo laboral.

O webinar com a apresentação da pesquisa está disponível no Canal da Indústria do YouTube. A pesquisa na íntegra está em sesipr.com.br/segurancaviaria.

 

 

 

 

 

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