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Boas práticas para a diminuição da sinistralidade foram apresentadas no 4º Encontro do Comitê de Saúde Suplementar
Indústrias compartilham estratégias para promover saúde, reduzir absenteísmo e melhorar a gestão dos planos de saúde corporativos
08/04/2025
Na manhã de 8 de abril, o Campus da Indústria em Curitiba recebeu o 4º Encontro do Comitê de
Saúde Suplementar da Indústria. Formado por representantes de indústrias e operadoras de planos de saúde,
o grupo busca construir uma inteligência coletiva para tornar o setor mais sustentável. Hoje, a saúde
suplementar representa, em média, 13% da folha de pagamento da indústria, sendo o segundo maior custo —
mas também um dos principais aliados na promoção da saúde e retenção de talentos.
"Estamos falando de um tema complexo, que exige clareza e cuidado na implementação. As ações
precisam gerar valor real, entregando resultado para quem está na ponta", afirmou Hugo Cecon Molina, superintendente
do Sesi Paraná. “O mais rico aqui é que não falamos de teoria, mas de práticas compartilhadas
pelas próprias empresas.”
CNH: inteligência artificial aplicada à ergonomia
A CNH apresentou o case de sua fábrica em Curitiba, que utiliza inteligência artificial para gerenciar ergonomicamente
toda a planta. Com base em queixas e atestados, é criada uma matriz de saúde que prioriza áreas de ação.
Desde 2020, houve uma queda expressiva no absenteísmo médico, com economia superior a R$ 6 milhões. A
quantidade de postos de trabalho classificados como de alto risco (vermelhos) caiu de 79 para 18.
A estratégia também impactou a sinistralidade: as consultas e procedimentos ortopédicos caíram
cerca de 42%. “A ergonomia deixou de ser análise pontual e passou a ser parte da gestão. Os ergonomistas
estão mais estratégicos, integrando saúde, segurança e indústria 4.0”, destacou a
Charyse Alice Mattuella Otsuk , médica do trabalho da CNH.
Electrolux: plano de saúde com lógica social
Já a Electrolux compartilhou seu modelo de gestão de benefícios em saúde, que atende cerca
de 16 mil pessoas no Brasil. A política adota coparticipação e contribuição mensal escalonada
conforme a faixa salarial. Na categoria básica, o desconto é limitado a 2% do salário, mesmo para quem
inclui dependentes.
O resultado são índices de sinistralidade equilibrados (76% e 79% nos planos ofertados em Curitiba), considerados
positivos no setor. “Os benefícios em saúde são um dos pilares para sermos referência como
lugar onde as pessoas queiram trabalhar e crescer”, afirmou Agda Chagas, especialista em benefícios da Electrolux
América Latina.
Volvo: bem-estar como estratégia
A Volvo destacou que saúde e segurança são investimentos que agregam valor. O programa de qualidade
de vida da empresa é sustentado por três pilares: educação em saúde, mitigação
de riscos e benefícios. Um exemplo é o Exame Periódico de Saúde ampliado, tipo check-up, aliado
a ações personalizadas de promoção da saúde e ergonomia planejada desde o projeto dos postos
até o retorno ao trabalho.
Entre os diferenciais está o programa AtivaMente, que desde 2011 já capacitou mais de 400 líderes
para lidar com questões de saúde mental de forma ética e acolhedora. O plano de saúde próprio
da Volvo, Voam, é operado em modelo de autogestão, o que permite maior agilidade e resposta às necessidades
dos beneficiários. Outros benefícios incluem atendimento domiciliar de emergência, apoio à compra
de óculos e medicamentos e check-up executivo e ações inclusivas como intérprete de Libras na
sala de parto.
Sesi: ferramenta para Gestão de Saúde Suplementar
Guilherme Murta, médico do trabalho e coordenador de Saúde do Sesi Paraná apresentou a Plataforma
de BI (Business intelligence) do Sesi Paraná, ferramenta utilizada pelo Serviço de Consultoria em Saúde
Suplementar, lançado recentemente. A solução propõe a gestão estratégica dos planos
de saúde corporativos por meio de um sistema completo de coleta, organização e avaliação
dos recursos utilizados pelos beneficiários. O objetivo é possibilitar intervenções eficazes e
promover melhorias contínuas, reduzindo custos e oferecendo melhores condições para a análise
da sinistralidade e das possibilidades de reajuste.
Para finalizar, Robson Gravena, gerente executivo de Segurança e Saúde do Sesi Paraná, convidou
os representantes das empresas presentes para o Segurança e Saúde em Foco, evento para convidados voltado à
área de Segurança e Saúde das indústrias que acontece em 15 de maio no Campus da Indústria.
Mais informações estão disponíveis em: www.sesipr.org.br/segurancaesaude
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