Na noite do dia 11 de setembro, moradores do bairro Caximba, em Curitiba, reuniram-se para discutir planos para uma agenda de ações para o bairro. Vários temas foram abordados, muitos deles de sonhos que a população já havia sonhado anos atrás, mas que por algum motivo não puderam ser realizados.
Questões como saúde e meio ambiente foram debatidas pelas pessoas presentes na reunião, por razões de falta de atendimento médico de qualidade e o antigo aterro sanitário localizado na região.
Mas o tema mais discutido e questionado pelos moradores foi a segurança. Problemas com o contingente de policiais e falta de módulos foram levantados como as principais causas da violência no bairro.
A agente de desenvolvimento local da Caximba, Juliana Hemili, sugeriu aos moradores soluções que poderiam ser usadas para resolver o problema da falta de segurança. A criação de uma chapa para disputa da presidência do Conselho de Segurança (Conseg) foi um ponto abordado que instigou a população.
Então os moradores decidiram entrar em contato com a polícia militar e apresentar um ofício ao comandante da região para que seja feito um levantamento do número de policiais que trabalham no período de virada de ano no bairro. Segundo eles, falta policiamento durante o ano novo, o que facilita assaltos às casas e aos moradores da Caximba, e o ofício ajudaria no diálogo com a polícia para se chegar a um acordo.
Para o morador Antônio Driessen, o número de assaltos aumenta significativamente no ano novo. "Nós queremos fazer este ofício para que apresentar ao comandante o nosso problema, e para que ele possa nos mostrar uma solução para isso", disse. Ainda segundo ele, o problema na segurança nunca irá acabar, mas com um contingente maior de policiais, a incidência de assaltos e violência diminuiria.
Ketelyn do Rocio Nickel, também moradora da região, afirma que com o ofício entregue à polícia, a tendência é de que as coisas na Caximba melhorem. "Agora com este ofício levado para o comandante esperamos que a segurança no bairro melhore no fim do ano, pois, sempre nesta época acontecem assaltos e ninguém nunca faz nada, então esperamos que agora as coisas funcionem".
Por Vinícius Garcia