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Como ajudar na adaptação escolar dos seus filhos?

A adaptação escolar é motivo de preocupação de pais e estudantes. Entenda, neste post, como é possível ajudar a enfrentar as mudanças

19/03/2024 - Atualizado em 28/03/2024

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O ano letivo está só no início, mas muitos pais ficam preocupados com a adaptação escolar dos filhos. Será que estão gostando? Como estão lidando com a metodologia da instituição? Estão enfrentando mudanças, seja por uma nova rotina ou por um novo espaço?

Independentemente da faixa etária, crianças e adolescentes passam por diversas mudanças o tempo todo: comportamentais, corporais, educacionais, entre outras. Por isso, o retorno às aulas pode ser difícil. Seja porque o estudante mudou de escola, ou até mesmo porque avançou da educação infantil para o ensino fundamental, ou do fundamental para o ensino médio.

Mas como a família e a escola podem ajudar nesse processo de adaptação?

 

Cada estudante tem seu tempo

É necessário entender que cada criança ou adolescente enfrenta esse processo de uma forma diferente, com mais ou menos dificuldades.

Lidar com um cérebro em formação e enfrentar vários desafios não é um processo simples. A psicóloga educacional no Sistema Fiep, Nadine Pereira Gritten, lembra que cada estudante carrega suas experiências escolares, vivências familiares e preferências individuais. “Assim como em qualquer mudança, é preciso ser paciente.”

No Colégio Sesi, por exemplo, as famílias têm o apoio e o acompanhamento de toda a equipe da escola para trabalhar em estratégias de adaptação. Por isso, são raros os casos em que os estudantes não se adaptam de forma alguma à metodologia da instituição.

 

O que é diferente no Colégio Sesi?

Como o Colégio Sesi trabalha com as Oficinas de Aprendizagem, em que o convívio em equipe é estimulado, alguns pais se perguntam se adolescentes tímidos e introspectivos conseguem se adaptar facilmente ao método de ensino-aprendizagem.

A maioria dos pais tiveram uma educação com metodologias tradicionais e isso é o que causa maior estranheza com relação às metodologias ativas de aprendizagem. “Estávamos acostumados a associar o ensino com fileiras de estudantes sentados um atrás do outro, a ter uma apostila com o texto pronto e perguntas previamente definidas e a entender que as disciplinas não possuíam relação entre si”, comenta Nadine.

E é por isso que o relato das crianças e adolescentes matriculados no Colégio Sesi pode soar muito diferente. “Quando passamos a conhecer uma metodologia processual, interdisciplinar, que trabalha diversas habilidades sociais e estimula a autonomia, entendemos como a aprendizagem vai muito além de apenas uma apostila e escrita no quadro. No final do trimestre, percebemos o quanto eles aprenderam e não somente decoraram para uma prova”, aponta a psicóloga.

Nadine afirma que os estudantes encontram espaço para autoconhecimento e para conseguir passar por essas dificuldades. “Nosso objetivo não é mudar a criança ou adolescente, mas proporcionar um espaço em que ele possa conhecer formas de enfrentar as adversidades”, diz.

“Um estudante tímido e introspectivo pode continuar sendo assim, mas saberá em quais momentos deve se colocar à frente e como fazer isso. Da mesma forma, um estudante muito extrovertido e com uma postura de liderança aprenderá a ceder o espaço para os colegas.”

 

Mudanças constantes

As mudanças fazem parte do processo em qualquer momento da vida dos estudantes. Nas Oficinas de Aprendizagem do Colégio Sesi, por exemplo, os estudantes mudam de equipe a cada trimestre. Nadine explica que, aprender a enfrentar essas mudanças possibilita crescer como adultos realizados e autônomos.

Para os pais, a principal dica é conhecer a escola e acompanhar o processo educacional. Mas as demandas nesse processo podem variar de acordo com cada faixa etária:

  • Na Educação Infantil, o enfoque está nas rotinas e “combinados”, então trabalhar a parceria escola-família ajudará os pequenos a se adaptarem mais facilmente;
  • Para o Ensino Fundamental, é importante desenvolver a autonomia junto com a definição de limites, criando repertório para aprenderem a lidar com a frustração e com as regras escolares. A família pode, com jogos ou momentos do dia a dia, proporcionar vivências que façam com que os estudantes enfrentem adversidades, como mudanças no ambiente escolar;
  • Já no Ensino Médio, acolher os filhos e até mesmo compartilhar suas próprias experiências da adolescência pode ser muito benéfico para essa faixa etária, que enfrenta tantos desafios, exigências e expectativas.

É importante lembrar que a adaptação só será efetiva se realizada com acolhimento na escola e em casa.