Você já deve ter ouvido falar em startups, não é mesmo? Esses novos negócios, que são
pensados para propor soluções para problemas específicos, têm crescido muito no mercado de trabalho.
Para se ter uma ideia, dados da Endeavor Brasil, de fevereiro de 2017, apontam que o Brasil tem cerca de 32 mil scale-ups,
que são as startups já evoluídas. Embora representem menos de 1% do total de empresas do país,
são responsáveis por quase 50% dos novos empregos gerados. O Sesi, recentemente o realizou um evento dentro
dessa realidade: o Hackathon (maratona de programação e tecnologia). Na oportunidade, dezenas de jovens puderam
desenvolver soluções criativas em saúde e segurança dos trabalhadores. Embora projetos pilotos,
muitos planejam por na prática o que apresentaram.
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E você, já pensou em ter uma startup ou conhecer mais sobre esse ramo de negócio? Separamos algumas informações importantes sobre o tema após uma conversa com a diretora da StartupBRICS, Charlotte Burrier. A instituição é responsável por promover a inovação em países emergentes. Confira a entrevista:
Uma startup é o começo de uma aventura para fazer negócios, com uma ideia que vai solucionar um problema específico. Às vezes existe o problema e busca-se a solução, outras, existe a solução e faz-se uma pesquisa para saber se há mercado para absorvê-la.
Não é necessária essa relação. Mas é importante, porque estamos no século 21, na era digital, e a maioria das empresas criadas nos últimos anos têm alguma ligação com a tecnologia. E em algum momento a tecnologia terá que fazer parte da solução porque nos dias atuais, cada vez mais, haverá um lado tecnológico na vida das pessoas. E isso facilita e permite a eficiência e a produtividade das empresas.
Charlotte Burrier
Basicamente três coisas: a primeira é ter na empresa pessoas com vontade e talento, que não sejam exatamente
do mesmo setor. Porque é preciso que se tenha focos, conhecimentos e ideias diferentes. É necessário
que existam desafios para que as ideias sejam promovidas. Em segundo lugar, é preciso aprender, buscar informações
sobre outros setores e não somente naquele em que se tem a expertise. E finalmente, não acreditar que a curiosidade
não pode ser aprendida. Porque ela pode, sim, surgir da construção de uma competência de criatividade.
Existem três obstáculos bem específicos: a burocracia, os impostos e a corrupção. Esses são os aspectos negativos, porque isso não existe, pelo menos dessa forma, nos outros países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Já o lado positivo, é que o Brasil tem território e mercado enormes, muitas universidades e empresas. E mesmo com tantos problemas, apresenta oportunidades para o lançamento de soluções e para fazer negócios, que também não existem em outros lugares. Startups e empreendedores têm em seu favor espaços que ainda não foram ocupados pelas empresas de fora.
O Brasil é do tamanho de um continente, por isso é difícil falar de um setor que tenha maior demanda.
Mas, em São Paulo, por exemplo, pode-se dizer que há maior demanda de startups na área de finanças.
No Brasil, de modo geral, as demandas são maiores nas áreas em que se percebem falhas do governo, que são
Educação e Saúde. Embora essa demanda não seja ainda formal, as soluções que surgirem
nessas áreas, com certeza vão encontrar um grande mercado e ajudar muitas pessoas.
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