A produtividade cresceu bem menos no Brasil do que em outros 11 países concorrentes entre 2002 e 2012, segundo dados divulgados no ano passado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No período, a taxa média de crescimento do índice que mede quanto se produz por hora trabalhada por ano foi de 0,6%, o menor da comparação – crescimento acumulado entre 2002 e 2012 foi de 6,6%.
A baixa produtividade do trabalho colaborou para que o Brasil registrasse na década o mais alto Custo Unitário do Trabalho em dólares reais (CUT). A medida, que representa o custo com trabalho para se produzir um bem, aumentou 9% ao ano entre 2002 e 2012. O segundo colocado, a Austrália, registrou alta de 5,3% ao ano.
Isso tem tanto impacto no crescimento das indústrias quanto outros fatores, como o câmbio, carga tributária e problemas estruturais. Por isso, é imprescindível combate-la. A seguir, saiba quais são seus cinco maiores vilões:
1- Baixa qualificação
Em 2014 o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) realizou uma pesquisa sobre produtividade com 475 empresas. Para 67% delas, a baixa qualificação da mão de obra mostrou-se como o empecilho para o aumento da produtividade. Para se ter ideia do cenário, o Brasil possui 27% de analfabetos funcionais – aqueles que não conseguem interpretar um manual, por exemplo.
2- Falta de estrutura
Equipamentos ultrapassados e inadequados – seja pela necessidade da indústria ou pelo desconforto causado para sua operação – retraem ainda mais os índices de crescimento.
3- Falta de investimento em segurança
Multas devido ao não cumprimento da legislação acabam impedindo muitas corporações de investirem em novas tecnologias, equipamentos e até mesmo qualificação de seus colaboradores. De acordo com uma pesquisa realizada recentemente pelo Sesi com 500 médias e grandes empresas, 48% delas acreditam que ações para aumentar a segurança no ambiente laboral e promover a saúde dos trabalhadores reduzem as faltas ao trabalho. Para 43,6%, esses programas aumentam a produtividade no chão-de-fábrica e 34,8% apontam que essas ações reduzem custos.
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4- Absenteísmo
As faltas e afastamentos são um dos grandes problemas para a produtividade. Além das perdas financeiras diretas com tributos, o absenteísmo prejudica toda a cadeia produtiva. Isso acontece desde quando um funcionário precisa fazer o trabalho do outro que faltou ou está afastado, até quando é necessário tirar um trabalhador do seu porto para treinar um substituto.
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5-Presenteísmo
A palavra não é conhecida, mas seu conceito sim. O presenteísmo ocorre quando o colaborador está presencialmente no trabalho, mas sua mente não, assim sua produtividade é prejudicada. Para evita-lo, é fundamental investir em programas de saúde física e mental para o trabalhador.
Para aumentar a produtividade, além de investimento no setor por meio da capacitação, da tecnologia e da inovação, é necessário olhar para o sistema produtivo para detectar os pontos onde devem ser focadas a maior parte das energias. Depois do diagnóstico, há uma infinita gama de ações preventivas, capazes de melhorar as condições de trabalho dos colaboradores.
O Sesi no Paraná oferece mais de cem soluções em segurança e saúde para o trabalhador que objetivam alavancar as indústrias do estado por meio da produtividade e competitividade. Se interessou? Acesse a página de saúde.