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“Fosse melhor permanecer na escuridão. Assim, longe, estaria a deformada realidade.”
Sinopse
Através da voz de uma personagem afundada em um processo de reconhecimento da própria sanidade, Precipício, texto inédito de Natacha Pastore, é o novo trabalho da Cia Experiencial O Teatro do Excluído, com Direção de Luiz Henrique Dias e elenco formado pelas atrizes de Guarulhos Bárbara Serafim e Simone Carleto e pelo ator Paulistano Rafael Giorgetti. A peça permite ao espectador manusear visualmente a relação entre presenças e ausências, tempo e espaço e acompanhar, ao longo da exposição das palavras, a completa – e bela – fragmentação do real.
A Companhia
Fundada em 2007 em Foz do Iguaçu, Paraná, a Cia Experiencial o Teatro do Excluído traz aos palcos debates sobre o teatro contemporâneo através de textos de alta densidade, apresentados a pequenos públicos. Dentre os trabalhos já encenados estão Guizos, de Luiz Henrique Dias, Como se eu fosse o mundo, de Paulo Zwoliski e Carneiro para o jantar, de Guilherme Cardim. Em 2012, a Cia mudou-se para São Paulo e Precipício, de Natacha Pastore, é a estreia do grupo nos teatros paulistas. Precipício é o quarto texto do Núcleo de Dramaturgia SESI PR encenado pela Companhia, sendo o terceiro inédito.
O Diretor
Luiz Henrique Dias é paranaense. Entrou no teatro em 1997. Atualmente mora em Guarulhos e está à frente da Cia Experiencial o Teatro do Excluído e dá aulas e palestras para Núcleo de Dramaturgia SESI PR/Teatro Guaíra.
Serviço
Grupo: Cia Experiencial O Teatro do Excluído
Texto: Natacha Pastore
Direção: Luiz Henrique Dias
Elenco: Bárbara Serafim, Rafael Giorgetti e Simone Carleto
Iluminação: Cesar Sinício
Comunicação: Yuri Amaral
Fotografia e Concepção Teórica: Gabriela Keller
Local: Adamastor – Centro – Guarulhos – SP
Datas: 27 de abril a 25 de maio
Horários: 20h, 21h
Duração: 40 min
Apenas 12 lugares
Análise da Dramaturgia de Natacha Pastore.
"O que é a loucura? É o que não se pode entender"
* Gabriela Keller
PRECIPÍCIO inaugura significações que invadem o organismo do leitor como as partículas cortantes de poeira que invadem os olhos. As palavras do texto ressoam no corpo, transpondo os sentidos a que nos acostumamos. PRECIPÍCIO é a transfiguração da presença, das sensações. É a transfiguração da existência. A autora dilacera a carne sob a qual se esconde o caos interno e singular, protegido da realidade ordenadamente construída para calar o desconhecido dos sujeitos. Expõe o incompreensível que os habita. A desordem dos sentimentos é invocada pela autora através de palavras que levam os leitores, enquanto receptáculos de significações e percepções outras, a inventar formas de lidar com a alteridade que emerge das entranhas do texto. Natacha Pastore nos convida a nos apaixonarmos pelo eterno retorno ao vazio de não conhecer nem mesmo o próprio desejo e a experienciarmos o abismo de nós mesmos. Submerge as palavras no silêncio das vozes. E o silêncio é a melhor forma de apreender aquilo que não se pode nomear.
* Gabriela Keller é atriz, fotógrafa, estudante de Psicologia e aluna da Turma de Foz do Núcleo de Dramaturgia SESI PR.
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